segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A quinta parede Vostök.




Existem pessoas e existem pessoas do bem. Uma dessas é você. E oi a vocês.

Como prometido, amigs, teatro. Mas eu não tenho a mínima idéia de como escrever sobre teatro, então, vai na doida. Primeiro eu gostaria de definir o que é teatro, já que diferentemente de música, teatro é tão vivo que se não for sintetizado por Aurélio, não seria por mais ninguém. Mas não quero sintetizar, quero transformar, aumentar, dimensionar de forma colossal o teatro vivo da alma.
Um pouco de história: O teatro surgiu, afirmam estudos, no Egito, como forma de culto, mas pouco se sabe sobre esse teatro. O teatro passa ao seu conhecimento no mundo clássico pela mão dos cultos a Afrodite e Apolo, na bela antiga Grécia. Anfiteatros, falas decoradas, nada de emoção, improviso ou ensaio único, isso permaneceu até os mambembes da idade média, mas nunca deixou de ter vida. Imaginem agora.

O teatro, puxa o calor, do público, aflora as emoções ao ponto em que você não sabe o que é real, o que é imaginável, imaginário e dimensionável, porque de tão colossal, o teatro acaba passando a dimensao exagerada, mas ainda assim plena, dos mais profundos sentimentos humanos, quantas paredes o consiente atravessa até o papel pleno? Até quando você é morto por um leão de personalidade pra formar um personagem?



O documentário de Eduardo Coutinho "Jogo de Cena", que eu assiti um trecho ontem, é a perfeita expressão do personagem. Como a Medéia é plena em ação, como a vida é interpretada, como é a síntese da vida de uma pessoa em um olhar, para enterpretar e empatizar em tudo com a pessoa? Francamente, pessoas e pessoas do bem, não tenho eu como olhar para isso sem me emocionar, e ver como é a essencia da personalidade humana, que, acima de qualquer suspeita, é uma caixinha de surpresa.

Vejo ainda, como na acidez do cotidiano, em meio a chefes, chefas, políticas e carros com auto-falantes que tocam Maria Cecília e Rodolfo, as pessoas tem tempo para montar suas máscaras requeridas em todo e qualquer ponto do seu cotidiano, em cada meio e ambiante, em cada face da sociologia presente, em cada lugar, até na barriga da mãe, onde você se passa por meigo bebê, quando na verdade é um sádico babyssauro chutando impiedosamente a barriga de sua mama. Você adora mascarar, atuar, e não pode fugir dos holofotes que o cercam, a cada um dos cinco elementos que te rodeiam.

A cada uma das cinco paredes, onde você é morto por um leão, e tem que reconstruir a máscara da vida de cinco em cinco minutos, sobre uma face esgotada.

Bem, não entendo vocês, mas eu mesmo adoro viver e adoro atuar, mostrando vida e matando leões, turbulências, engolindo sapos, engolindo sábados a fio, e até mesmo aguentando quem põe Batidão Sertanejo no volume máximo. Eu não me importo, eu vivo a vida que Cristo me deu, e eu vivo feliz, mesmo que tenha que aguentar tudo por ele, e eu atuo por ele.

Minhas saudações,

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PS: Quem mandou uma mensagem falando do show de Restart dia 27 na Nox, ganhou de presente a cova 326 do Cemitério dos Ingleses. Faça bom uso.

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